sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A véia do coque


Todos os dias
Quando saio de casa
Passo por aquela rua 
E vejo a velha

Não que eu tenha medo
Receio, pânico, não sei
Só sei que todos os dias
A velha fica lá

E todo dia é assim
A mesma rua
E a mesma velha
Sempre de coque e olhando pra mim

O coque dela é bonito
Preso com um pente florido
Seus cabelos brancos
Reluzindo ao sol

Mas eu acho estranho
Porque a velha me olha
De um jeito
Que educa, corrige

E não importa por onde eu andar
Vou sentir que a velha está lá
Com seu coque bonito e branco
No sol, a brilhar.

2 comentários:

  1. Ismália, muito bonitinho esse seu escrito. Fica minha dúvida. O coque que te persegue ou você que não consegue esquecê-lo?
    Beijoca com muito carinho. Manoel.

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  2. Sabe Manoel, apesar dessa velha ser apenas ficção, eu me lembrei de quando eu tinha 4 anos.
    Todo dia passava por mim uma velha de maria chiquinha. Sempre olhava pra mim e dava um sorriso.
    Quem sabe não seja uma idéia pra outro texto né?
    Beijos!

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Olá filhotinhos! Esse ninho não é só meu, são vocês é que fazem dele um lugar agradável e divertido. Podem miar à vontade! Ah, comentou aqui, respondo aqui! Beijões! Miauuuuu!