segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Cuidado - Frágil.


Eu ia explodir.
Cada pedaço de mim parecia quebrar-se aos poucos
Era como se a cada nova decepção, meu corpo reagisse assim
Trincando, quebrando.
Talvez eu não seja assim tão forte
Talvez eu não seja assim tão super mulher
Talvez eu seja só um ser humano comum
Que depois de um tempo
Começa a dar defeito.

Ao som de uma ópera
Meus pequenos pedaços caíam
Não sei se em realidade ou em sonho
Mas sei que caíam
E se partiam
Em milhões de novos caquinhos
Que já não podiam mais ser montados

Já não havia mais volta.
Eu perdia todas as minhas forças
Sem conseguir me mover
Apenas encarava a triste cena
Sem nenhuma reação

Até que não seria tão ruim
Se as pessoas se desmontassem
E seus caquinhos se tornassem
Partes de outras pessoas
Que as amariam mesmo sem conhecê-las
E seria uma eterna continuidade
Da singularidade e da fragilidade
Do ser humano.

2 comentários:

Olá filhotinhos! Esse ninho não é só meu, são vocês é que fazem dele um lugar agradável e divertido. Podem miar à vontade! Ah, comentou aqui, respondo aqui! Beijões! Miauuuuu!