domingo, 10 de novembro de 2013

Estou de mudança!

Mais uma da série: Ninguém notou, mas:
Eu estive um tempo fora da blogosfera e retornei agora, mas estou com um blog novo! Entonces, se você me acompanha por aqui, corre lá pra conhecer o blog novo e me dar um oi! O blog novo se chama Porcaria Comestível e está prontinho, só esperando vocês.

Beijocas, miau!


terça-feira, 9 de julho de 2013

Se essa lua fosse minha...

Arte by Mael Santos


Meus olhos brilham
Quando flagram os seus
Admirando a lua.
Porque se essa lua fosse minha,
Ela seria toda sua.














segunda-feira, 17 de junho de 2013

Maria Pousa




Mariposa Maria pousa
Na minha xícara de chá
Levanta vôo até a lâmpada
Fazendo sombra em todo lugar

Mariposa Maria pousa
No meu dedão do pé
Caminha um pouco e levanta vôo
O que será que a mariposa quer?

Mariposa Maria pousa
Na ponta do meu nariz
Bate as asas e levanta vôo
Veja só que mariposa feliz!

Mariposa Maria pousa
Espere aí... Não, mariposa, não!
Mariposa Maria pousou
Na chama acesa do fogão.

Que dó, que dó, que dó da mariposa! :(

Beijocas, miau.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Aquela redação que eu fiz na aula.

Oi gatinhos e gatinhas.
Um dia, lá no curso, a professora me pediu pra fazer uma redação. Porém, ela disse que o texto deveria conter as seguintes palavras:
bagunça - correria - agonia - misto de alegria e tristeza - carro - música - liberdade - Será? - sonhos - inquietações - dúvidas - emoções - dormir - trabalhar - resolver - sorrir - decidir - lembranças - contas - impaciência - animais - ilusão - cansaço - amor - andar - casa - pensamentos - dançando - sol - amigos - dinheiro - abraços - correr - prazer - surpresa - gargalhadas - segredo - emoção - mistério.
Parece simples, parece até que sozinhas essas palavras já formam um texto. Mas eu tive um pouco de dificuldade na hora de juntar num texto só e colocar um sentido nisso tudo. Até porque, a professora pediu que, de preferência, as palavras fossem usadas na ordem. (socorro) Então segue a minha redação:

A vida vai...


 Hoje acordei e a casa estava aquela bagunça. Procurei entre todos os copos, talheres e pratos as respostas para as perguntas que minha mente insistia em fazer: O que diabos havia acontecido na noite anterior?
   Olhei então para o cartão delicadamente colocado em minha cama, onde lia-se:

"Esta foi a melhor noite da minha vida! Talvez você não se lembre ao acordar (a diversão também traz efeitos colaterais!), mas as minhas lembranças eu levarei comigo pela eternidade. É incrível como umas poucas horas de liberdade nos fazem esquecer completamente a nossa dor. Não tenha dúvidas, esta noite entrará para a história!
Beijos,
Mel."

   Mel sempre foi minha amiga, desde a infância. Recentemente havia descoberto um tipo raro de câncer no cérebro, algo com o qual ela convivia dolorosamente desde então. Apesar disso, era nela que eu encontrava força sempre, pois naquelas gargalhadas e abraços havia a determinação de alguém que não queria o fim. Eu notava um misto de alegria e tristeza em seu olhar, algo nada fácil de perceber, pois sua doença era mantida em segredo.
   Guardei comigo o cartão e fui checar as horas no celular. Fiquei surpresa com a quantidade de mensagens recebidas, porém, mais surpresa eu fiquei quando descobri do que se tratava: Mel havia morrido num acidente de carro ao sair da minha casa após a festa.
   Por uns instantes fiquei sem ação. Eu sabia que isso aconteceria um dia, mas não esperava que fosse assim. Lembrei então das expectativas de Mel, seus sonhos, suas inquietações, planos... Será que em seus pensamentos, ela tinha as mesmas preocupações que eu? Será que também pensava em contas a pagar, em seus animais de estimação, em tudo o que tinha para resolver e decidir? Será que tinha preocupações banais como o dinheiro? Será?
   Fiquei imaginando sua felicidade ao escrever para mim o último cartão que escreveria em sua vida e me vieram tantas emoções... No ritmo acelerado da vida atual, Mel não pensava em correr, não lidava com as pessoas com impaciência. Mesmo na agonia da doença, ela ainda saía dançando com os amigos. O cansaço do tratamento não tirava sua disposição de andar por aí, ela não queria dormir, sentia prazer ao ver as pessoas ao redor dela felizes. E mesmo quando ia trabalhar, lá estava um belo sorriso estampado no rosto. A vida é um mistério e a morte também, mas quase posso ver Mel no paraíso, curtindo sua música favorita, sem ilusão ou medo. E sei que, de lá, ela olhará para mim com amor.


E essa foi a redação que eu fiz. Por mais que eu contasse as palavras, parecia que não iam acabar nunca! Tive que tirar algumas palavras da ordem e provavelmente faltou alguma palavra também, mas acho que a professora não deve ter notado (ou se notou, não falou nada, hahaha). Achei bem bacana pra exercitar a mente. Alguém aí topa o desafio de tentar fazer? Se alguém topar, me manda o link da postagem (ou o texto, pra quem não tiver blog) que eu quero ler. ;)

Beijocas, miau!


domingo, 7 de abril de 2013

Que Deus me tenha.





Não aguentava mais ser o culpado nessa vida vadia
Tudo de errado era eu
E já que o mundo andava nessa melodia
Decidi terminar de estragar o que era meu.

Naquele dia entrei em casa feito tempestade
Chutei o que ficou no meu caminho
Olhei na mesa o texto escrito pela metade
Tinha que terminar isso sozinho.

Olhei pro lado, um copo sujo de batom
Alguma coisa em mim fervia
Liguei o rádio, ecoava o som
Lembrei o quanto a minha casa era vazia

Então sentei pra escrever a despedida
Uma lágrima caiu
Dei adeus a tudo o que tive na vida
E meu coração se partiu.

Que ninguém se preocupe comigo
Eu vou ficar muito bem
Ela se foi, esse é o maior castigo
Mas hoje eu morro também.

Já parou pra pensar em como seria se você tivesse que escrever hoje as suas últimas palavras? O que você escreveria? Suas palavras seriam destinadas a quem?

Trilha sonora:



Beijocas, miau.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Não haverá misericórdia.





Ontem fui dormir sossegado,
Com aquela sensação de dever cumprido.
Acordei com a Morte ao meu lado,
Sussurrando em meu ouvido.

"Venha comigo" ela dizia.
Mas eu não queria não.
"Está na hora", ela dizia,
Enquanto me olhava sem emoção.

Naquela hora eu me lembrei
De todas as coisas que eu havia feito
Foi então que eu chorei,
Perdi minha vida tentando ser perfeito.

"Não chore", ela dizia,
Enquanto tentava me levar.
"Não vou", eu lhe dizia,
Mas ela não parecia se importar.

A Morte ia me abraçando
Como se quisesse consolar.
Mas o abraço foi se apertando
E eu não conseguia me soltar.

"Não lute", ela dizia.
"Vou te mostrar um caminho"
"Socorro!", eu pedia.
Mas naquela hora, eu estava sozinho.

A Morte me soltou,
Eu sentia muito frio.
Um discurso ela começou,
Num tom meio sombrio:

"Perdeste tua vida
Tentando se encaixar onde não cabias.
Nestes dias tão quentes,
Tuas noites eram frias.
Tens a sensação de que acabou o jogo
Era apenas uma pausa e você não viu
Que tolo!
Não pensaste que um dia eu pudesse aparecer
Não lembraste que um dia tu irias morrer!
Destruiste tua vida por tuas próprias escolhas
Trataste teus dias como revista e simplesmente passaste as folhas.
Não sabe o que é compaixão
Não amaste ninguém
Viveste uma ilusão, pois a perfeição
Nenhum ser humano tem.
Cadê toda a sua arrogância?
Seu ego inflado sumiu?
Hoje foi a minha vingança
Seu castelo de areia ruiu."

Dito isto, a Morte desapareceu.
Os enfermeiros foram me levando.
Ninguém acredita que isso tudo aconteceu
E a camisa de força machuca de vez em quando...

E se você encontrasse com a Morte hoje, o que você faria? O filme que vai passar diante dos seus olhos é aventura ou comédia?

Beijocas, miau.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O Mito



Eu nunca tive chance nessa vida
Tudo o que eu tinha era ilusão
Sempre foi só eu nessa corrida
E só sentia o bater do meu coração

Aconteceu que em uma lua cheia
Caminhando sozinho eu vi
Um vulto, uma coisa feia
Um grito de dor eu ouvi

Depois seguiu-se o silêncio
Tentei me manter acordado
Ao meu lado estava Inocêncio
Que, como sempre, estava drogado.

Então eu fui caminhando
Me esgueirando pela escuridão
De repente senti alguém me agarrando
Me jogando com força no chão

A dor da queda foi pequena
Em vista da outra dor que veio
Nunca mais me esqueço daquela cena
E do meu sangue escorrendo sem freio.

Em toda lua cheia eu ouço o mesmo grito
Mas ninguém mais acredita nessa história
Ser lobisomem é ser um mito
E cada dia sóbrio é uma vitória.


Quem aí tem medo de lobisomem? Acho que depois do Crepúsculo ninguém mais, né? hauiauiahuiahi
Beijocas!