terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Uma canção qualquer.



Por favor, me dê o seu dicionário!
Eu não consigo entender os teus sinais...
Hoje em dia o mundo anda virado,
Minhas palavras não lhe cabem mais.

Eu tentei fazer de você o meu Sol
Para iluminar a escuridão do meu coração...
Eu tentei escrever você em um poema,
Mas meus versos fugiram porque
Minha inspiração era você.




domingo, 19 de fevereiro de 2012

Sem moral (o vazio nunca diminui)



Você chega em casa cansado do trabalho e liga a TV pra relaxar. Tá passando o jornal, você assiste. Durante o jornal, são apresentadas inúmeras notícias ruins: fome, miséria, desastres naturais, impostos mais caros, violência, revoltas populares, injustiças... e no final, como a cereja deliciosa por cima do bolo sem gosto, é apresentada uma notícia sobre futebol. Seu time venceu mais um jogo. "Êba", você diz. Mas o vazio dentro de você não diminui.
Daí você decide ver um filme pra fugir um pouco da realidade, um romance. E descobre que o final é uma tragédia: a mocinha morre, o mocinho fica velho e sozinho. A música triste durante os créditos ao final do filme faz você querer morrer, mas você não se dá por vencido.
Levanta do sofá e vai até a cozinha, na esperança de encontrar qualquer besteira pra comer. Doce ilusão, não tem nada. Nada que você queira. E talvez essa comida nem exista no mundo real, mas na sua cabeça existe... e o seu estômago quer. Você desiste, volta para o sofá com cara de derrota e se sentindo a pessoa mais inútil da face da terra. E a fome faz o buraco dentro de você crescer consideravelmente, agora fazendo mais sentido e doendo de verdade.
Você olha pro relógio desanimado, são quinze para a meia-noite e você não tem forças para caminhar até o quarto. Solução: você dorme no sofá mesmo. Suado, cansado, torto e descoberto. Acorda atrasado, dolorido e babado, toma um banho gelado pra acordar direito e come a primeira coisa que encontra pela frente sem se importar com o mal que vai fazer lá dentro do seu estômago, porque "o que os olhos não vêem, o coração não sente".
Antes de sair, é claro, não se esquece de conferir cinco vezes se a porta está trancada, afinal de contas, sua vida já tem desgraças o suficiente, melhor evitar mais uma. Olha no relógio de pulso e sai correndo (literalmente). Tropeça e cai, machuca o joelho. Deveria desmoronar, mas não. Você é tão imbecil que sorri da própria desgraça. E continua caminhando naquela felicidade desesperada. "Bela porcaria, essa minha vida", você pensa. Mas só pensa. E o vazio dentro de você não diminui.

 Agradeço de coração a todos vocês que têm acompanhado o Ninho de Gato, mesmo com a demora nas postagens. Não me levem a mal, mas a vida às vezes nos suga o tempo que destinamos para fazer as coisas que realmente gostamos. Esse é o curso natural das coisas, mas a gente sempre arranja um tempinho. Beijocas, crianças, miau!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O amor é feio.



Eu já estava começando a acreditar que o amor não valia nada. Que era só mais uma questão de se acostumar com os defeitos do outro e que realmente existiam pessoas feitas para a solidão. Daí você apareceu e... e... enfim, você apareceu e me provou que o que eu pensava sobre o amor, era verdade.

Ao som de Beneath The Fall - My Satellite.